Setor marítimo no Brasil

O setor marítimo no Brasil está enfrentando um desenvolvimento próspero, devido às novas políticas governamentais implementadas no país em meados dos anos 2000.

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Visão geral do mercado

Tanto o setor náutico de lazer quanto o de construção naval no Brasil estão enfrentando um crescimento anual considerável, e isso cria oportunidades para as empresas do Reino Unido participarem da cadeia de suprimentos brasileira.

O Brasil é o quinto maior país do mundo, cobrindo uma área maior do que a UE como um todo. Com uma população de aproximadamente 200 milhões de pessoas e uma das maiores economias do mundo, é de longe o maior e mais influente mercado da América do Sul. Durante a década de 1960 até a década de 1980, a economia brasileira foi caracterizada por booms e estouros econômicos, com inflação galopante e altos níveis de intervenção governamental. No entanto, desde o início da década de 1990, o governo brasileiro implementou uma série de reformas que resultaram na estabilização da inflação e no crescimento econômico mais consistente e sustentável. O Brasil é hoje amplamente considerado, ao lado da Rússia, Índia e China, como um dos 4 maiores mercados em crescimento no mundo.

Na última década, a indústria naval no Brasil passou por um processo de renovação. O governo investiu em políticas e programas públicos visando transformar o setor de construção naval em uma das indústrias mais importantes da economia brasileira. Grandes investimentos governamentais como o PAC (Programa de Crescimento Acelerado), a demanda por navios-tanque e outros tipos de embarcações, bem como o aumento do Fundo da Marinha Mercante (FMM) anual de £ 84 milhões em 2001 para £ 1,3 bilhão em 2012 estimularam essa crescimento.

Como resultado, o emprego aumentou de 1.910 empregos em 2000 para mais de 62.000 em 2012 e os pedidos totalizaram 367 navios em 2012, incluindo navios-tanque, graneleiros, navios porta-contêineres, navios de apoio offshore, rebocadores e comboios de barcaças. É uma participação modesta em um panorama mundial considerando que existem cerca de 4.700 embarcações em construção ao redor do mundo. No entanto, o potencial para a construção de novos navios-tanque e embarcações de apoio offshore está estimulando o estabelecimento de novos estaleiros.

A maioria dos estaleiros brasileiros está localizada no Estado do Rio de Janeiro, que também está desenvolvendo um projeto para a instalação de uma cadeia de suprimentos da construção naval em Duque de Caxias, região metropolitana do Rio de Janeiro.

Outro cluster de construção naval no Brasil está localizado no nordeste do país na cidade de Recife, onde atualmente existem dois estaleiros em operação – Atlântico Sul e Promar. Ambos estão localizados no porto de SUAPE, considerado o melhor porto público do Brasil. A expectativa é que SUAPE tenha pelo menos quatro estaleiros instalados em suas instalações nos próximos anos.

Há também nove novos estaleiros em construção no Brasil no momento. Eles estarão localizados nos estados de Pernambuco, Bahia, Espírito Santo, Rio de Janeiro, São Paulo, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. Os novos estaleiros aumentarão a capacidade de processamento de aço dos atuais 560 mil para 950 mil/ano.

A carteira de encomendas possui atualmente 373 navios em construção. Apesar de a maioria dessas encomendas obedecerem aos requisitos de conteúdo local, há um enorme potencial para as empresas do Reino Unido exportarem bens e serviços para serem aplicados em sua construção.

A indústria marítima de lazer também apresenta amplas oportunidades para empresas britânicas participarem do Brasil. Esse nicho de mercado vem crescendo em uma trajetória de 10% na última década, e as estimativas preveem a continuidade desse crescimento nos próximos 10 anos. A maior demanda do mercado brasileiro recai sobre lanchas entre 16 e 40 pés de tamanho, embora o aumento do poder de compra esteja aumentando ligeiramente o número de brasileiros que compram grandes iates e veleiros.

Principais oportunidades

  • Construção Naval – A carteira de pedidos dos estaleiros brasileiros conta atualmente com 373 embarcações listadas;
  • Construção naval – A primeira rodada do pré-sal gerará investimentos adicionais para a construção de navios aliviadores e OSVs;
  • Construção Naval – Aproximadamente 30% dos equipamentos aplicados na construção de cada embarcação são adquiridos no exterior;
  • Marítimo de lazer – O crescente poder aquisitivo brasileiro está fomentando o crescimento do mercado marítimo de lazer; que fontes de desenhos e compósitos sobre têxteis e mobiliário do exterior;

Entrando no mercado

Os empresários brasileiros estão bem informados, tanto em assuntos domésticos quanto internacionais. Eles são muito úteis e convidativos.

As empresas do Reino Unido interessadas neste mercado devem considerar parcerias com empresas locais, muitas das quais estão buscando conhecimento e tecnologia estrangeiros, com o objetivo de melhorar e expandir suas atividades. Investimentos diretos ou aquisições também devem ser considerados, embora o fortalecimento da moeda local (Real) em relação ao dólar norte-americano tenha reduzido a vantagem de custo do Brasil. Ao avaliar este mercado desafiador, é aconselhável fazê-lo com uma estratégia de marketing de médio a longo prazo, e tempo e esforço são necessários para ter sucesso. Como regra geral, o Brasil não deve ser considerado por novos exportadores, e atenção e recursos devem ser direcionados para empresas mais experientes em busca de novos mercados.

Para este país grande e muito diversificado, é fundamental realizar pesquisas preliminares de mercado para identificar a melhor opção de entrada no mercado (Joint Venture, Representação, Distribuição, etc). É importante considerar empresas locais que tenham conhecimento dos mercados que você deseja abordar. Se você aborda o Brasil como um todo, mantenha suas opções em aberto ao dar contratos de exclusividade para empresas. Defina claramente os limites para os distribuidores ao adotar uma abordagem regional.

 

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